segunda-feira, 27 de dezembro de 2010


Odeio essas ceninhas de dar Feliz Natal/Feliz Ano Novo sinceramente .
Pessoas que aprontam, são falsas, umas com as outras, fazem o pior com você durante o ano inteiro e dizem ser sinceras no último dia do ano, te abraçam, desejam tudo de bom. E o amanhã?Eu daria realmente valor a tudo isso, se isso realmente fosse sincero, se amanhã você desse o melhor de si, tentasse ser uma boa pessoa.
Eu sou do tipo de pessoa que encara as coisas, os dias como algo comum. Titulam ser um ano novo, mais é apenas o mesmo plano. Fizeram apenas uma divisão de tudo isso, isso não quer dizer que o ano é novo, que você vai se renovar também. Isso tem que partir de dentro de ti, isso poderia ser feito ontem, antes de ontem, mês passado.
Me poupe disso tudo, desses comportamentos gerados por conta de uma data. Odeio teatros, odeio sorrisos gerados por conta de um momento falso, em que todos fazem as pazes, todos dizem esquecer, todos dizem perdoar. Existe uma diferença em dizer palavras e fazer acções. Pessoas que não sabem o valor de ser verdadeiro, de fazer o que é alegre ser realmente alegre. Elas costumam criar uma máscara chamada de amor, só que realmente lá dentro mora algo totalmente diferente. E não venha me dizer que as coisas não são bem assim, porque são. É uma futilidade enorme. Pense nisso!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010




Então, é Natal!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010


Eu vivo em um mundo em que pessoas perguntam como estamos, e depois nem se interessam pela resposta.

(Juliana Souza)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

É engraçada a maneira como ando tão oca ultimamente que não me atrevo a escrever nada. E se o fizesse agora, não sairia algo legal, então, pouco me agradaria. Ponho a escrever o que sinto. Mas esta aí o problema, tempão que não venho sentido absolutamente nada, nada mesmo. Porém, insensibilidade não é sinônimo de mal estar, muito pelo contrário (pelo menos comigo). Eu gosto de estar no zero. Gosto de desfrutar desse equilíbrio. Gosto de pressentir o que vem a frente: o um, o dois, o três... Enquanto os negativos... ficaram perdidos nas entrelinhas de ontem, ante-ontem, mês passado, ano passado... bem distantes da de hoje, de agora...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A culpa é sua?

Perdi a vontade para lamentar meus desvios de caminho, erros cometidos (meus e dos outros), meu ex-modo de expressão – ocasionado por sentimentos não-recíprocos que no final só me deixaram mal. Ao contrário do que muitos fariam se tivessem uma chance de voltar ao passado – consertar erros, ignorar pessoas, seguir outros caminhos... –, eu não faço a mínima questão de voltar lá e consertar nada. Talvez pelo fato de eu ter me acostumado com o modo que coisas ficaram... Do avesso.Hoje, quando olho-me no espelho, consigo gostar de mim, dessa pessoa que me tornei, após ter dado como perdidos, os pedaços que mais me identificaram. Pedaços que levaram de mim, que pouco a pouco, me roubaram. E quando eu preciso me encontrar, me perco dentro de mim e encontro aquela paz que transforma minhas aflições em bem-estar, dando-me a certeza de que está tudo bem e que eu não preciso me preocupar com nada.Posso dizer que me sinto menos sozinha quando estou só. Não que eu não goste das pessoas, mas sim por que não há mais fantasia que me deixe criar a concepção de dependência para com elas: carência de conversas ou companhia, necessidade de criar vínculos ou compromissos.Meus sentimentos permanentes foram trocados pelos descartáveis. Mínimas porções que, após serem descartadas, não farão a mim, nenhuma falta. Não estou querendo dar uma de pessoa forte, insensível. Apesar dos meus sentidos não funcionarem mais como antigamente, ainda há uma pequena parte que sente e logo dessente, quando eu erro e após conserto, pois amor próprio a mim nunca deve ficar em segundo plano. Pros outros, infelizmente, já não há mais espaço. Faz parte do meu automático, por isso não me culpe quando fazes o mesmo ou quando erras por o não fazer.Seja uma pessoa de hoje se não fores ou espere algum tempo e deixe que elas te moldem como me moldaram. Por isso, se eu tivesse uma chance de voltar ao passado eu a descartaria. Há certas coisas que é melhor não desaprender, quando no mais tardar dos dias terás que aprendê-las.A culpa não é sua, nem muito menos minha. A culpa é mesmo de quem? Acho que vida estamos vivendo apenas uma mesmo. Creio então que a culpa seja dela.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Uma revolta.

Quando o amor é grande demais torna-se inútil: já não é mais aplicavel, e nem a pessoa amada tem a capacidade de receber tanto. Fico perplexa como uma criança ao notar que mesmo no amor tem-se que ter bom-sendo e medida.
Ah, a vida dos sentimentos é extremamente burguesa.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sem mais!


Estou farta dessa juventude clichê. Farta de olhar para casais ou grupo de colegas, e conseguir ver claramente o desejo exaltando no brilho dos olhos de cada um. A união é lubrificada pelo carinho por aquilo que se tem, o companheirismo é mantido por aquilo que recebes em troca. Essa busca por status, superioridade, está realmente me cansando. Não aguento ver como as atitudes contradizem com as palavras antes ditas. Está, cada vez mais, ficando insuportável essa hipocrisia que fazem, sim, questão de manter, achando que estão enganando a todos quando desfilam com seus namorados-troféus pelo colégio ou qualquer outro lugar; quando desfilam com aqueles que têm grande valor material. Essa forma de encarar as coisas, pensamentos tão infantis; isso tudo polui qualquer mente disposta a tentar compreender o que se passa nessa nova sociedade repugnante, e sem dúvida alguma, retarda todo e qualquer tipo de evolução que poderia existir. Há um nó na minha garganta: um turbilhão de palavras que batem diversas vezes em meus lábios querendo sair; palavras as quais sou obrigada a engolir com medo dos absurdos que poderia ter como resposta. Tenho medo, tenho muito medo do que há por vir.

sábado, 25 de setembro de 2010

Mundo Interno


Mundo Interno


Eu tenho um mundo dentro de mim. A minha ingenuidade que o fez. Os sentimentos fraternos de amizade, amor, carinho foram os materiais essenciais para a construção das casas e prédios que o comporão. Em cada uma dessas moradias eu guardava uma pessoa que a mim significava alguma coisa. Nos edifícios mais altos habitavam as pessoas que eu mais gostava e que eu tinha um enorme apreço. Logo, toda alegria que surgia diante de tal fraternidade, levianamente, fez emergir nesse mundo praças, parques, bosques... Até mesmo o arco-íris. Tudo muito do perfeito até o aprendizado nascer. Inimigo da ingenuidade, com ela, veio a brigar.

Sem perceber, cresci enquanto presenciava edifícios desabando sem entender o porquê de tudo aquilo. Eu não queria que em ruínas as casinhas lá em baixo também desmoronassem. Inevitável. Corroia tudo e eu só sabia questionar mesmo sem ter respostas, só fazia isso. Por que eu chorava? Era esse o preço que devia ser pago por todos os sorrisos dados por ter aquele mundo perfeito dentro de mim? Se assim foi, secou-me a fonte do líquido da tristeza pagando mais do que eu devia.

Olhares em branco. No meu interior, fragmentos incontáveis. Fluídos delineavam o que havia restado daquele mundo. Fluídos de força? Só sei que me fortaleci quando me vi na situação de reconstruir tudo à espera de novos habitantes. Ingenuidade dando sinal de vida outra vez. A cada construção, mais cautela. Porém, nada adiantou. Efeito dominó. Cada desastre um pior que o outro. Foi quando percebi que o erro não estava nas obras, mas sim em quem nelas habitaram. Fim da ingenuidade e de materiais de construção.

Mundo vazio. Quem habitava ali, acolá ou aqui? Embaixo dos escombros ficaram as lembranças e eu não quero revirar nada para responder. Deixa ela assim.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010


Eu não falo de dor. Eu falo dessa sensação estranha que é não sentir nada.

My niece.

Se todos se importassem e ninguém chorasse
Se todos amassem, e ninguém mentisse
Se todos compartilhassem e engolissem seu orgulho
Nós veríamos o dia que ninguém morreria

If Everyone Cared - Nickelback

domingo, 19 de setembro de 2010

.

Estávamos correndo nos trilhos da linha do trem aquele dia. Eu podia ouvir o apito fraco do mal adentrar em meus ouvidos, mesmo assim, eu estava lá pra te proteger, envolver e não deixar que nada causasse um arranhão se quer em tua alma. Fomos um conto de fadas desde início de julho. Nós sabíamos que chegaríamos longe. Nós sempre fomos os melhores pretendentes um para o outro. Você a partir daquele mês passou a ser meu manual de boa conduta. Eu fazia questão de ler-te e buscar o significado dos seus sorrisos, enlaçados com meu humor árduo e sem graça. Desde o primeiro dia em que te vi até o completar de meses, a força da gravidade foi se esgotando, dando-me a impressão de que eu flutuava. Grande responsabilidade. Seus sonhos estavam amontoados em minhas mãos e facilmente eu conseguia realizá-los, praticá-los contigo sem algum esforço, tão naturalmente, pois seu encanto era tamanho o que tornava os desafios tão pequenos. Descuidei-me do peso em minhas costas, mesmo que aparentasse leveza, era algo leve por um tempo determinado. Os dias passaram a exigir tanto de mim que num descuido, desviei-me de ti enquanto o trem parava e pessoas adentravam naquela condução. Uma delas eras tu. Estava tão cheio, fora de mim que depois de dias fui percebendo o quão tarde era para recordar da sua pessoa. Comecei a sentir sua falta cada vez mais com o passar de cada minuto, segundo, o que deixava minhas noites tão claras contigo no pensamento e os dias tão escuros, exausto com tanto trabalho e sem esperanças de trombar contigo durante à noite. Hoje, lamentações fervem em minhas veias, estando com seus sonhos levemente amassados em minhas mãos, movimentando os olhos ao te ler depois de tanto tempo, o que faz brotar um mar de culpa em meu peito agora. Eu só queria te dizer que tenho saudades do lago, do ar da noite que era diferente por estar em tua companhia, do seu sorriso que me fazia enxergar grandes possibilidades e até mesmo o impossível. Sinto falta da segurança de estar em seus braços, do teu calor, da tua voz. Tenho saudades daqueles dez segundos em que eu ficava em silêncio e você me perguntava o que eu estava pensando. Tenho saudades das vezes em que te falava que estava com frio e que te queria um pouco mais perto para que assim você me esquentasse. Sinto saudades de viver, porque eu me sentia viva com você, a cada segundo ao seu lado. Mas agora que todos os sentidos estão perdidos, eu sinto sua falta, mais do que você jamais poderia perceber. Estou sendo honesta, assim como tu dizias que nós tínhamos um longo caminho até a eternidade, assim como eu era, quando dizia que te amava e que hoje torno a dizer o mesmo... eu te amo.

-
Nenhuma palavra a mais, nem a menos. Isso era tudo que eu precisava ouvir de você

e um pouco mais de Caio.

"Para mim, atualmente, companheirismo e lealdade são meio sinônimos de felicidade. Meus amigos são muito fortes e muito profundos, são amigos de fé, para quem eu posso telefonar às cinco da manhã e dizer: olha, estou querendo me matar, o que eu faço? Eles me dão liberdade para isso, não tenho relações rápidas, quer dizer, tenho porque todo mundo tem, mas procuro sempre aprofundar. E isso é felicidade, você poder contar com os outros, se sentir cuidado, protegido. Dei esse exemplo meio barra pesada de me matar....esquece, posso ligar para ver o nascer do sol no Ibirapuera às cinco da manhã. Já fiz isso, inclusive."

sábado, 11 de setembro de 2010

?

Apenas queria poder ter respostas para algumas perguntas que sei que nunca vão ser respondidas de uma forma que me satisfaça - sem gerar dúvidas - nesse mundo. Até porque todo mundo aqui é igual, ninguém é mais capaz que ninguém, ao meu ver. Infeliz daquele que diz ser ilimitado, porque o limite mesmo chega quando o último batimento de um coração dá adeus e toda sua matéria se decompõe num chão em que muitos já se decomporam.

- Porque temos a necessidade de nos apegar a pessoas, sendo que depois elas vão embora?
- Animais, aves, plantas morrem diariamente pra eles existe um "céu"?
- Qual o sentido da vida?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

individualismo é a palavra .

Acho que não vou atrever-me a escrever um livro. Nesses últimos dias vim juntando peças desconhecidas de um quebra-cabeça no pensamento. Tudo culpa dessa monotonia e desse tédio! Acho que todo mundo já se pegou em um momento assim: fantasiando um mundo antes de dormir - enquanto o sono não chega - pra poder pregar os olhos e dormir 'bem', meio que sem preocupações. Eu fazia isso no Ensino Fundamental, hahaha. Rendeu-me caderninhos com historinhas bobas que geram-me boas gargalhadas sendo lidas em tempos atuais. Você já imaginou como seria o seu mundo perfeito? Não falo de surrealidade, de fantasia, falo do carnal, racional, como se você pudesse dominar os teus próximos minutos, o amanhã mesmo sem querer... Excluindo a perfeição do dicionário e reunindo nele os defeitos e qualidades de tudo... seus, dos outros e do mundo! Podendo assim mover-se nessa reta, do zero pra esquerda ou direita, contanto que sintas que deu um passo e que saiu do lugar, ao contrário do que é sentido conforme damos passos nesse mundo banal. Enfim, como estou precisando treinar redação, caiu como luva esses fragmentos no pensamento. :-)

Aproveitar pra falar mais, rss. Internet vem perdendo cada vez mais sua graça (se ainda ela tiver). Acho que já estou idosa pra essas coisas. Não consigo ficar mais que alguns minutos no MSN, sei lá. As pessoas mudam. Conseqüência disso é eu mudar também, não ter mais assuntos, curiosidade em saber como estão, se cada vez mais o individualismo domina as pessoas que me cercam. Não sou de lamentar. Acho isso mais que normal. Cada um sabe da sua importância pra mim, só revirar as lembranças que estão mais do que vivas. Só que, se ninguém quer olhar pra trás, porque eu o faria?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

é o mundo.


Parece que tudo que era certo se tornou idiota e tudo que era supostamente errado se tornou legal. Depois dizem que a irracionalidade está nos animais. Mas parece que ninguém vê. O mundo está ficando do avesso.
Como é estranho, presenciar isso não estando no bolso dele. Sério, não consigo me dissolver diante certas coisas. Mesmo sendo tão grande, extenso e cheio de gente, esse mundo é tão pequeno, desvalidado. Dele, apenas o silencio me agrada.


Ao nascer eu era centenas
Vivendo passei a ser dezenas
Hoje sou unidades que vivem para outras unidades,
Unidades que estão começando a dançar no ritmo do mundo
Ritmo do qual eu não sei dançar
Ritmo do qual me recuso ouvir.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

e.. só me resta esperar..

Se as pessoas foram tirar conclusões sobre meu estado de espírito apenas por ler meus textos, terá uma percepção erronea de como eu realmente estou. Eu estou bem. Extremamente bem internamente. Minha paz de espírito só tendeu a aumentar nos últimos meses. Eu amo ficar sozinha, mesmo que na companhia de lembranças, que já enjoaram o reflexo dessa minha monotonia. Contudo, aos poucos elas estão tomando o seu caminho. Como roupas sujas que foram lavadas e estão no varal esperando secar para serem guardadas no baú de velharias. Aos poucos, estou renovando o meu guarda roupa...

Eu briso quando tô nesse espaço em branco, uahueah.
Quero férias logo! Fico com invejinha quando ouço comentários de outras pessoas com relação a livros que eu quero ler. Carência de literatura e falta de tempo pra matá-la. Só me resta esperar.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Welcome to my enchanted world.


Talvez essas palavras não sejam suficientes para tirar-te um sorriso. Estive sorrindo o tempo todo por dentro desde que sua essência havia tomado de conta desse meu mundo escuro. Eu te agradeci várias vezes com um sorriso do qual você não viu... Agora existe um mundo feito de gratidão que estou pondo em suas mãos, pegue-o, ele é seu.

Uma parada de ônibus e o desejo de voltar pra casa, você até então um garoto qualquer que disse não. Nas suas mãos meu album de fotografias que eu poderia ter queimado a um tempo. Da sua boca palavras doces, aparentemente descartadas pelo meu coração devido o pouco tempo. A razão havia tomado conta de mim naquele momento, mas o sentimento fez com que tudo aquilo que você disse, mesmo atrasado chegasse intacto de forma a confortar meu coração. Confissões agora eu faço, porque naquele momento não tive coragem de fazer. A razão havia tomado de conta da minha boca, mas meu coração rejeitou suas desculpas, porque não eram necessárias, perdão. Seu diário em minhas mãos e o meu album de fotografias nas suas. Linhas escritas em códigos, os quais eu conseguia entender, como és lindo, pensei sozinha. Aquela essência diferente ofuscava a realidade daquela cidade morta. A melodia de um violão brotava na minha imaginação acompanhada de suas palavras ditas na realidade. Era uma música, aquele espaço não era daquela cidade, pois não estava morto. Eu pensei: Como você pode fazer isso? Meu ônibus a muito tempo já havia passado, já não tinha como voltar pra casa. Uma mochila aberta e um mapa em suas mãos onde me levaria até a cidade dos meus sonhos, Delaware. Alguns passos, um carro, uma porta aberta. Você lá dentro e uma cidade morta aqui fora. Duas estrelas cadentes no céu surgiram, dois desejos. Ouvir o resto da sua canção e outro de seguir viagem com você. O meu coração tomou de conta dos meus pés, meus olhos já estavam a refletir no retrovisor do seu carro. Você disse que gostava de dirigir à noite. Enquanto você falava o mundo parecia outro do outro lado da janela. O relógio girou tão depressa, que os dias de viagem se foram em minutos. Bem vindo a Delaware, meus pés já estão fora do carro.

- Você não vai descer?
Bem vindo ao meu mundo encantado.

domingo, 29 de agosto de 2010

O que é ser feliz? É estar longe de ti? Poderia ser, mas não é, porque eu não sei fazer felicidade sozinha. Eu não sei trocar as pessoas de lugar como se fossem objetos. E por mais que você não tenha algum valor, tu conseguiu preencher meu vazio protagonizando um. E quando deixou de ser, o buraco que em mim já era profundo, tomou maiores proporções. Depois disso, nunca mais encontrei alguém que superasse o teu teatro. Então, fico a delinear esse vazio que deixastes em mim, no compasso, resgato doces lembranças. Elas fazem-me sentir viva por mais que meu coração esteja apenas por bater. Chega a ser confortável. E no desconforto me encontro quando tenho que deixar de olhar pra trás.

-
Texto lixo. Sinal de que minhas palavras já se esgotaram pra ti. Chega.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Melodias carregadas de paz


Essas palavras aqui conversam comigo, brotam dos dedos e voam feito andorinhas – assobiando melodias carregadas de paz – dilatando esse meu ego frio e fazendo-me recompensá-las por tal espetáculo com um sorriso não esperado. Essas andorinhas estiveram aqui, aprisionadas dentro de mim, sedentas por alguma comida, implorando para voarem em busca de um caminho nas entrelinhas desse mundo a fora. Um incomodo há um tempo atrás que internamente pinicava-me por não ter um título e nem uma descrição. Diferente de agora. Livrei-me desse maldito ao abrir tal gaiola. E agora sinto nesse espaço em branco a ansiedade em ser usado no eloqüente prazer de sentir uma tinta esferográfica desenhando com palavras o oco que existe em uma alma tão cansada. Em comparação com as outras andorinhas que assobiam todos os dias na fala, nas atitudes mecânicas alheias, essas que estiveram dentro de mim têm um poder maior, incalculável, pelo conforto que a mim é causado. Diferente das demais, que na maioria das vezes agem em efeito contrário e me dão a sensação de um coração com batimentos retrógrados. Pelo menos, os buracos em minha alma servem para alguma coisa. Lá, criam-se novos ninhos de andorinhas que cantarão nesse mundo, buscando algo que possa preencher tais cavidades internas, algo que eu não sei e que nunca encontrei.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Constelação



Fazemos escolhas o tempo todo e sempre buscamos ser o mais felizes que conseguirmos.
Nos arrependemos de não ter tempo o suficiente para fazer o que gostamos, mas reclamamos do tédio em certos momentos.
Paramos tão poucas vezes para observar nossas próprias vidas, que esquecemos de exercer a beleza em nossos atos.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

é então, a pura verdade!


Eu sempre estive aqui, no mesmo lugar, em busca do teu calor. Sem tanta magia, sem obstáculos. O que um dia era o contrário, hoje chega ser tão fácil. Quando quero, tão levemente minha alma pode bronzear-se, o meu desejo dilatar e todo esse seu prazer devorar-me. Embora, tão quente, queimando-me por dentro, meu coração permanece como em todas as vezes, tão gelado, se solidificando a cada dia que passa. És mesmo tu? Não sinto mais aquele frio na espinha quando profiro aquelas duas palavras em teu ouvido em noites como essa que o sol levou. Talvez eu tenha me tornado uma hipócrita nos últimos tempos, em busca da realidade, em busca dos seus pretéritos perfeitos. Não há mais satisfação, nem batimentos cardíacos. Então, desistir? Não. Mas até as circunstâncias desistem de mim. Tudo desiste. Menos eu. Tentar? Eu tento, e como tento. Eu tento descongelar esse meu coração para que assim eu possa encher-te de palavras verdadeiras, enlaçar uma sincronia junto ao seu que pulsa sem parar quando se aproxima do meu peito. Sinto-me em desvantagem por não saber qual a verdade. Então, eu paro de jogar os dados e vejo que a questão é apenas essa: Não há mais nenhuma verdade em você. E por alguns minutos vejo que tentei desmentir isso.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Caio Fernando Abreu!

E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Cheiros íntimos, secretos. Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo, No tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido. Você também tem cheiros. As pessoas têm cheiros, é natural. Os animais cheiram uns aos outros. No rabo. O que é que você queria? Rendas brancas imaculadas? Será que amor não começa quando nojo, higiene ou qualquer outra dessas palavrinhas, desculpe, você vai rir, qualquer uma dessas palavrinhas burguesas e cristãs não tiver mais nenhum sentido? Se tudo isso, se tocar no outro, se não só tolerar e aceitar a merda do outro, mas não dar importância a ela ou até gostar, porque de repente você até pode gostar, sem que isso seja necessariamente uma perversão, se tudo isso for o que chamam de amor. Amor no sentido de intimidade, de conhecimento muito, muito fundo. Da pobreza e também da nobreza do corpo do outro. Do teu próprio corpo que é igual, talvez tragicamente igual. O amor só acontece quando uma pessoa aceita que também é bicho. Se amor for a coragem de ser bicho. Se amor for a coragem da própria merda. E depois, um instante mais tarde, isso nem sequer será coragem nenhuma, porque deixou de ter importância. O que vale é ter conhecido o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo. Porque então você se ama também.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

se chama amor!



Derramei lágrimas de uma fonte em escassez, feridas em cicatrizes. Eu pensei que havia me tornado indolor pelo excesso de tanta dor, se tornou apenas uma anestesia que acabou, e na loucura por aliviar tudo dobrei a dosagem desse remédio e tudo piorou. O excesso desse remédio age ao contrário de sua dosagem certa. Essa droga vicia e sempre cobro as melhores sensações por usá-la. Mas essa droga é viva, essa droga se chama amor. Não posso viver sem ela. Salva-me, mesmo que não aja uma salvação para essa minha doença. O impossível me dá a mão, talvez seja uma alucinação, mas no ápice do sentir, o vejo. Mas tudo se apaga quando o efeito dessa droga passa e o possível se torna tão díficil. Salva-me desses delírios sem lógica, salva-me de mim mesma. Eu digo que me encontrei e que voltei. Porque tem gente que vai e volta, mas talvez isso seja apenas delírio de alguém que esteja perdida.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

365 dias

Um ano é feito de 365 dias.
Em dois ou três "proclamam" a paz.
E os outros 362?

Todo dia é igual, desde o pôr-do-sol até o mergulho na escuridão quando fechamos os olhos para adormecer.
E assim o sol se põe mais uma vez. Quem dera se eu tivesse o poder de plantar sementes no interior dessas almas. Certas vontades excluem a real verdade. Uma canção com título carregado pela magia, mas ao ser ouvida esquecemos o título e o conteúdo total contrário prevalece. Se não lembras e não valorizas antes de ingerir o alcool, dificil levar em conta sua lucidez e estado mental agora.

Lá se foi um dia 'especial', agora temos 364.
Espero que no amanhã o sol apareça de uma nova cor.
Assim terei algo diferente à argumentar.
Fora isso, já não tenho mais palavras.
Minhas sementes são incompatíveis com sua alma.
Vou cultivá-las dentro de minha na surdina e colher meus valores, em cada um desses 365 dias.

Sim, todos os dias são especiais. Minha plantação está cada vez maior, e não ligo se não consegues ver. Até porque tenho alma de extra-terrestre.

domingo, 8 de agosto de 2010

É Lei

Estamos numa escola. Essa lição é a de número desconhecido. O tema é "O seu encontro dentro de você mesmo". A primeira lei é aquela traiçoeira da qual cria uma ilusão de que você pode se encontrar no corpo de outro ser que não seja você. Duas vidas separadas, uma não literalmente morre, então você também vai morrer? Lógico que não, a ilusão refletiu você em outro corpo, mas levante desse chão imundo, enxugue essas lágrimas, lave o rosto. A Lei verdade é aquela da qual tu é o centro de tudo, se concentre. Ponha a bola de boliche nos dedos e a jogue. Alguém vai fazer isso pra você? É, tudo está dentro de você.

O único problema é que essa lição não acaba.
Só quando você literalmente morre.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

é ferida herdade!


Eu vejo fantasmas às vezes, sem forma específica, sem sombras, sem cores. Eles não estão a vagar lá fora ou aqui dentro. Eu os vejo quando a companhia da solidão aflora na imensidão do vazio em que me encontro, lançando meus olhos em minha alma, da qual já não tem mais boa aparência. O modo de assombração exercidos por esses fantasmas já não me surpreende, sua chuva de medo que despenca lá do alto já não mais me molha, não encharca. É estranho dizer, mas eu gosto deles, toda essa companhia me fortalece, nas minhas veias passam a correr um grande teor de coragem, que foi herdada em cada ferida feita em minha alma. Sei, isso não é mais novidade, mas gosto deixar esses registros comuns provindos de minha alma em forma de textos, desabafar somente a mim ou a almas assombradas que estão lá fora é como um suspiro na ausência de ar. Leve esse meu pedaço, consigo, como um pequeno raio de sol... aquele que sempre brota depois de uma longa tempestade.

sábado, 31 de julho de 2010

Não levarei nada ..


Eu fui embora e mesmo que não tenha me sobrado quase nada, eu não me arrependo. Levei comigo o tempo, a única coisa que havia me restado. Depois de teres encontrado o que sempre estavas a procurar, o valor da minha alma - que quebrava todos os quilômetros para encontrar a sua - tinha se tornado mísero perante teu prazer degustado numa realidade da qual eu não podia fabricar. Nesse seu novo espaço não havia um lugar pra mim, então eu segui meu destino longe dos teus sonhos. Não olhei pra trás. Evitei enxergar o escuro. Sempre de frente, limpando os vestígios daquela escuridão com os raios de sol que me guiavam. Os batimentos do meu coração davam a mim a certeza de que eu não estava sozinha. O tempo fechou todas as feridas e um com sorriso me presenteou. No teu prato de comida transbordava aquela mesma realidade, o mesmo tempero que ingeristes até o último grão. Mas mesmo assim sua fome já não era mais saciada - foi aí que você passou a chamar por mim. - Help me! - Ignorar... foi o que meu sistema de autoproteção fez. Continuastes a chamar, gritar, até quando disses que tinha algo de grave e sério pra me dizer. Eu olhei pra trás. Eu enxerguei apenas sua morte, mas por trás dela estava sua dissimulação. Por mais que tenha sido o único meio do qual fizeste com que meus ouvidos te escutassem e lágrimas dos olhos derramassem, tudo que chorei lavou os vestígios dos sentimentos bons que você deixou em mim, quando logo após descobri que mais uma vez não passava de mais uma de suas farsas. Distúrbios psicológicos? Você dizia ter pouco tempo de vida e pediu para que não levasse mágoas eternas suas. Mas não levarei merda alguma sua, a não ser uma certeza...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

São simples interrogações ..



Vejo mil e uma interrogações na minha alma e eu não tenho nenhuma sequer resposta pra alguma delas. Eu queria despertar como despertei no meu primeiro choro. Eu queria estar tão longe ou simplesmente andar nas nuvens. Eu poderia ter descido pelo ralo do banheiro e não ter chegado até aqui. E diante toda essa cidade iluminada, vejo apenas escuridão. E nas vezes que corro não chego a lugar algum. Uma dessas interrogações, questiona o por que de eu me perder dentro do meu vazio, sendo que uma simples resposta ajudaria tanto.

Qualidade já não são suficientes ..


Viver num desencontro, após encontrar-se diante de uma perda, esse foi o meu caso, sempre foi assim. O amor nasce no coração de todos, é verdade. Parece que a nascente dele em mim veio a secar, olhos a cegar diante da surrealidade da fantasia, fantasia que um dia era um dos mais lindos sonhos, em dias correntes ao ler tamanho texto, são apenas vistas como coisas bobas sem menor importância. Naturalmente é assim, e assim parece que sempre vai ser. A dor anteriormente era maior pois de fato eu era alguém que sonhava, e alguém que chorava ao acordar com a realidade. Às vezes me encontro, em outras vezes apenas meu corpo permanece sobre esse chão, parece que minha alma tem parada cardiaca durante uns dias, ou horas. Qualidades já não são suficientes diante do seco. Às vezes me sinto como uma boneca de pano deixado por alguma garotinha depois de ganhar outro presente melhor. Mas a boneca não chora, não fica mal, até porque ela não tem vida vital pra isso.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Não há nada de novo..


Algumas gramas de chocolate acompanhadas de um copo d'água e uma cabeça que amanheceu vazia. Numa ingestão de goles, diversas balas. Mantenho-me calada, caminhando. Meus sapatos se desgastaram ao longo dessa jornada, sinto a terra úmida com os pés desprotegidos, mas não paro. Não há nada de novo, o caminho é o mesmo. Prefiro a realidade amarga todos os dias do que as fantasias, ilusões que te elevam ao infinito limitado, logo após te derrubam e quando você cai, se torna tão difícil levantar. Já não há mais sorrisos e nem tristezas, apenas uma sensação boa ao ingerir esses bombons. Dois pés úmidos nessa trilha a caminhar, eu me duplico, me triplico para fazer-me companhia. Duvide, me assombre. A força anda de mãos dadas comigo. Não há caminho novo quando você para, não são dois passos a frente que irão acabar com a fome, não são dois passos a frente que você irá ver o mundo sem guerra, não são apenas dois passos que vão te levar a um mundo de paz, a encontrar todas essas almas que vagam dentro desses corpos. O quão alto tu chegas num dia só, tão grande é a queda no despertar de amanhã. Minha voz se cala depois de tantos passos à frente, você me perdeu de vista. Levante.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

e no silêncio da madrugada, as vezes me pego pensando ...


O que era invisível já não consegues ver. Vozes distantes no silêncio da madrugada, já não consegues ouvir. Meus pensamentos gritam, clamam por socorro. Às vezes eu esqueço que as conduções, não são somente de ida, mas existem as voltas. Tem gente que vai e vem. Tem gente que vai e não volta mais. Tem gente que espera demais e vai embora. Tem gente que atrasa e perde a condução. Tem condução que vai e cai do penhasco. Tem corpo que morre e vira alma.

- Você consegue me ver, consegue me sentir? Enxerga meus olhos fundos e vermelhos?

Você chegou tarde demais

Racional


Eu tenho escutado aquela mesma música todos os dias desde que você se foi. Posso encará-la como uma companhia agradável, um perfume gostoso, uma escova de dente, sei lá. Racional depois de tudo que aconteceu seria ouvir outras músicas, focar meus pensamentos no que vem à frente, te enterrar como sempre deixei claro fazer. Não que eu não tente fazer isso, pois meus dias se resumem em apenas mudar. Mas é estranho. Pintei meu quarto de branco que antes era rosa, ando quilômetros diários, falo com mil e umas pessoas e ao voltar ao meu quarto que só parece ser branco eu vejo que ainda está rosa, sinto meus pés preguiçosos e uma vontade enorme de conversar, de conversar de verdade. Ué, não era pra me sentir cheia uma hora dessas? Mas não estou e pra preencher esse vazio eu escuto a música. Eu me lembro de ti, não exatamente de você hoje, mas de quem você foi e que não é mais... E hoje meu orgulho me deixa escrever pra alguém que me fez tanto bem, alguém que não vai ler. E se ler, vai ser apenas o mesmo corpo. Porque a alma mesmo deve estar perdida por aí...

terça-feira, 20 de julho de 2010


Poucas palavras, são suficientes para calar o mundo lá fora.

domingo, 18 de julho de 2010

eu te amo tá?


Malabarismos escondem meu cinismo
Teu silêncio em meu olhar
Continuo fingindo que não sinto
as ondas no quebra-mar
te agrido, te divirto
Não sei como me calar
Quando penso no que sinto
Já estou a tagarelar
Não penso duas vezes
Nenhuma vez, aliás
Assim que penso, já começo a falar
Sinto, sinto, sinto
Sei bem do teu pesar
Convivo comigo todos os dias
Sei o quanto é difícil me suportar
E se serve de consolo
Eu te amo, tá?
(...)
Entendo teu silêncio
Mágoa que rasga o peito
E se o perdão dá jeito
o melhor é perdoar
Eu já consegui
Espero que consigas
Que consigas me perdoar
Enquanto isso, faço meus malabarismos
Pra tentar te alegrar
E se nada disso resolver
Eu te amo, tá?

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A broken sky


Uma melodia suave embala minha alma que sobrevoa este mundo cheio de gente. Olhos ingênuos a enxergar pessoas bondosas em um mundo puro. Sorrisos estampados em minha face curiosa na retribuição de uma alegria desenhada em diversos rostos. Estou relembrando cada momento retratado nos números desse calendário antigo. De um à trinta e um. De um à trezentos e sessenta e cinco. Hoje eu vejo que não vale a pena mais contar os dias, as máscaras já estão todas no chão. E no meu olhar, ingenuidade já não mais se vê. Eu não sabia, eu não sorriria. Mas eu sei, eu sorri e em troca de todos os meus sorrisos me deram esse saber. Não sei se o odeio ou o amo, mas esse saber eliminou todos os meus sorrisos. Esse saber presentou-me com um dicionário do qual li da primeira a até última página. E alegria e felicidade são palavras que no mesmo não fazem parte. Eu não sei que caminho seguir pra sair disso tudo, parece que realmente eu me perdi, sendo que me disseram que é aqui, onde eu encontro tudo. Um céu quebrado, pedidos de socorro embalando o silêncio dessas formigas. Olhos pesados, pernas imóveis, gotas a cair no chão com mais intensidade, melodia soando cada vem mais longe. Olhos estão a adormecer.

terça-feira, 13 de julho de 2010

se tornou mais fácil viver sem


Vestígios de guerra. Sou a pós-catástrofe de determinados fatos. Hoje, consigo ver as coisas tão claramente, as que estão lá, do lado de fora. E pra enfeitar uma verdade, digo que fiquei cega a tudo que está do lado de dentro, tentando não deixar transparecer esse meu vazio, o que restou de mim. Muitos querem quebrar o silêncio quando ficam incomodados com o mesmo. Eu não, o silêncio me conforta de uma forma inesplicável e quando ele se quebra, o tédio vem à tona, porque a maior parte do que escuto é tão banal, é tão igual a tudo. Não espere muito de mim, porque eu sou vestígios de guerra, por mais que ainda continue anatomicamente inteira. Tenho preguiça de lidar com restos. Sendo assim, posso dizer que tenho preguiça de mim. E quanto ao coração, migalhas não se colam, não se restauram. E se tentar, serão tentativas falhas, quando se tornou mais fácil viver sem.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

as vezes ...


Lágrimas afiam-se dilacerando minha alma. Feridas em cicatrizes são tudo que eu tenho neste momento, tudo aquilo que deixastes em mim desde sua partida. Eu sempre fui doente, sabia? Eu penso que tornei-me indolor agora, pelo excesso de tanta dor que venho sentindo. Às vezes, eu sinto que o excesso desse desconforto gera-me uma anestesia de curto prazo, na qual me agarro quando penso que não vou agüentar mais tamanha condolência. Funciona! Mas, eu sinto falta do meu analgésico. Eu sinto a sua falta. Creio que devo estar em reabilitação agora depois de uma overdose, depois da loucura por aliviar a dor dessa minha vida sem graça, dobrando a dosagem do meu remédio. O excesso desse analgésico age ao contrário de sua dosagem certa. Uma droga que vicia e que sempre cobrava as melhores sensações por usá-la. Uma droga que é viva, que se chama amor. Uma droga que pra mim é tão difícil viver sem ela. Salva-me de mim mesma, mesmo que não aja uma salvação para essa minha doença. O impossível me dá a mão, talvez seja uma alucinação, mas no ápice do sentir, eu te vejo. Salva-me desses delírios sem lógica. Eu digo que me encontrei e que te espero. Porque tem gente que vai e volta, mas talvez isso seja apenas um delírio de alguém que esteja perdida.

-
É antigo, apenas o reescrevi.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Um coração só seu ..


Essas palavras carregam vestígios de sonhos que restaram em minha imaginação. Estive por todo o meu viver a criar castelos enormes, daqueles de contos de fadas perdido em um mundo apenas meu. Tijolo por tijolo, montando meu reino encantado. Recordo daquele céu azul irradiado de nuvens brancas, pintado e desenhado por mim. Hoje esse mundo não existe mais. O vento forte, a chuva. Terríveis tempestades atormentavam-no e aquele castelo veio a desmoronar. Uma alma foi soterrada diversas vezes. Mas, eu ainda te vejo como se fosse a primeira vez que peguei a pá e comecei a criar o meu refúgio e assim te encontrar ao avistar aquele mundo lá do alto, sentando naquela janela. Nenhuma tempestade até hoje foi capaz de destruir-te, porque você se tornou o meu sonho inquebrável ou alguém real desconhecido guardado intactamente em minha cabeça. Menti a mim mesma quando dizia ver, que via você num corpo de carne qualquer, habitando nesse mundo medíocre, em busca de um castelo que nunca fiz. E no abraço de cílios na calada da noite, olhos fechados saciam-se do meu sono. Você continua lá no meu escuro, continua inteiro, sem uma face específica, sem uma definição. Pode ser idiota, mas eu preciso de você; quando o que é meu se torna alheio; quando o meu coração depois de preenchido, esvazia-se; quando alguma decepção vem à tona; quando uma tempestade não literalmente, me derruba. E no meu escuro eu tenho forças, porque você está lá. Achei ter conhecido você diversas vezes em corpos diferentes, rostos diferentes e corações que diziam saber amar. Ventanias, furacões, tragédias internas. Minha carência mais uma vez criou uma realidade falsa - infelizmente - quando eu via um décimo seu refletido em ações realizadas por um corpo de carne. Ilusão. Não é qualquer par de olhos que consegue refletir a doçura da tua alma. Meu coração já não mais se quebra. Vestígios dele em meu peito, eu os encontro, mas não sou capaz desses te oferecer. E com um coração inteiro te escrevo essas palavras. Um coração de verdade, de sua propriedade. Um coração só seu.

domingo, 4 de julho de 2010

são simples migalhas ..


A solidão se tornou a minha melhor amiga. Esse vazio suave, o meu café. E esse céu lá fora o meu espaço. Positivamente eu afirmo isso, jogando no lixo qualquer sentimento de pena alheia para comigo. Sinta-se pena de você mesmo. Alimente-se por dentro com suas próprias migalhas. Eu realmente não preciso delas. Insignificantes elas são. Sempre escolhi o pior caminho pra seguir, ingerir o veneno mais forte, sentir a dor mais profunda. Sempre precisei chegar ao ápice do desagradável, dar de bandeja a minha alma, para que a ferissem sem dó, nem piedade. Tudo isso para que depois nada negativamente inferior me desmontasse. Para dar a esse café uma leve pitada de paz, colorindo todo o meu espaço, borrifando a essência do meu sorriso pelo corpo dessa minha companheira, minha melhor amiga. Oh, não despeje lágrimas ao ouvir essas minhas palavras, lágrimas que são tão insignificantes para uma comoção da minha parte, para esconder meu sorriso por trás de um gesto labial de preocupação. Essas palavras que digo carregam o árduo veneno que restou em meus lábios. Não tenho migalhas pra dar, desculpe-me. Não preciso de beijos para lavar os lábios, para resetar todo o mal que me dei, para por em jogo todo esse equilíbrio que consegui pra mim. O sabor desses vestígios de veneno em minha boca é lavado pela saliva da minha língua, ironicamente como em antes de uma refeição quando a fome é grande e a comida que se põe a mesa é maravilhosa. Ofereço-te esse gesto em forma de agradecimento pelas migalhas suas oferecidas e rejeitadas. Use-as, pessoa fraca. Eu realmente não preciso delas

Prazer, meu nome é Robô. Vivo nesse ferro velho chamado Terra.


Eu oro todos os dias para que o fim chegue logo ou pelo menos que os poucos mecanismos que me restam travem por um tempo. Meu motor está cansado. Meu coração enferrujou-se, não trabalha mais como antes. Não cabe-me mais nenhum mísero kbyte de memória. E tudo que aqui
dentro está, quero excluir, deletar.
Passei a minha vida inteira clicando em 'felicidades'. Mil e um sonhos zipados contaminados por vírus. Lindas histórias rodadas no Media Player, terminadas sem um final feliz. Eu lamento por mim, pela minha alma, - se é que tenho uma - ela lateja. Ela chora e suas lágrimas destroem-me por dentro, fodem com o meu sistema, ficando cada vez mais difícil lacrimejar externamente.
Morrer para um descanso é uma proposta tentadora. Morrer da mesma forma que minha imagem em várias cabeças já faleceu, é justo. Essa minha morte vivida diariamente que não é.
Desconheço o comando 'sentir'. Meus fusíveis queimam conforme cada dia passa, sabe? Posso dizer que sou digno desse ferro velho. Tenho como função principal acordar. Só não sei se estarei aqui amanhã pra dizer o mesmo que venho repetindo todos os dias comigo mesmo.

Isso.

quinta-feira, 1 de julho de 2010


As noites seriam pra sempre
Incrédula, agora sou
Resta-me apenas seguir em frente
O sol de ti me roubou

Com ele, veio a verdade
Afundando-me em um mar de mentiras.
Pra minha alegria também veio
Um colete salva-vidas.

Fiz trilha em teus sonhos,
Provei do teu beijo.
Abriste então os olhos
Pra viver teu pesadelo.

Evaporei numa orbita
Sumi diante um clarão
Como estrelas que desaparecem
Quando o sol ilumina o chão.

Eu teria ficado pra sempre,
Não queria ter ido embora.
No teu escuro, um mundo vazio.
E nesse claro, minha realidade morta.



-
Tentando sair do padrão (textos corridos).

98%


Vou falar de noventa e oito por cento.

As pessoas da internet são engraçadas. Te conhecem por um tempo, pegam intimidade, conversam contigo por horas, dizem gostar de você, que vão estar ali pra te ouvir e te ajudar sempre. Agora, eu me pergunto: - Cadê tudo isso? Muitas delas se aproximam por suas fotos legais, por alguma 'popularidade' sua ou pelos favores que esperam conseguir de você. Simplesmente se aproximam por puro interesse. Depois que conseguem o que querem, as conversas que eram longas não passam de minutos, a pessoa te exclui, bloqueia ou simplesmente te ignora. É, já perdi muito do meu tempo com pessoas assim que pra mim não é mais nenhuma surpresa ver máscaras caindo. Cócegas eu sinto quando decepções vêm à tona. Decepcionar é uma palavra muito forte, sendo que ações contrárias as do princípio são como borracha apagando boas ações de "amigo". Não há o que lamentar e muito menos perder tempo com isso. Não queira questionar comigo, mas o "pra sempre" tem seu prazo de validade. E em certos casos, ele é brochante.

Os outros dois porcentos estão fora disso. Prazo de validade indeterminado. Que seja eterno enquanto dure. Reciprocamente, levo vocês no coração.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

é simplesmente enigmático ..


Estou carente de vontades, e não é de hoje. Eu queria me ter, buscar e me encontrar lá dentro, no fundo do meu ser. E quando achasse, eu poderia dar-me de presente a alguém que quisesse se dar da mesma forma. Dar-me a alguém que pensasse como eu pensava antes de eu me perder; que me ajudasse, mesmo sem motivos, mesmo com tudo nos seus devidos lugares, simplesmente alguém que junto a mim se equilibrasse. Mas, o problema está aqui, dentro de mim, corroendo-me contra a minha vontade. É enigmático, embaralha minhas palavras, adorna minhas verdades, deixando-me livre e tão perdida num mundo que um dia foi habitado, e que hoje só parece ser. Eu queria meus olhos antigos, aqueles que liam e capturavam imagens e davam conceitos diferentes pra cada uma delas. Cansei de enxergar o mesmo, de ver as pessoas com a mesma cara desembolsando daquele papo igual. Cansei simplesmente de ter dedos pra reclamar disso com as mesmas palavras de sempre. É, eu cansei de tudo. De mim, de você e dos outros.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Deixa que corra aquele sentimento bom que vem de dentro de ti. Mas se um dia chorar, saiba que existem pessoas que acreditam em ti. E olhe pra frente, pois há um futuro de luz esperando por nós. E aqui no presente lutamos com força de um vencedor. Veja a criança que brinca e fala tudo que sente. No seu coração a pureza que toca no fundo da gente. Deixa ser, que tudo ao natural vai acontecer, podes crer, o sopro da vida nunca vai morrer. Mesmo que o tempo trás, e o mundo faz, ficar tão longe. Se não podes compreender ao menos tente ver, o que se esconde atrás dos montes. Eu quero te dizer, quem fez o sol também fez você. Já é hora de pensar e não mais viver, só por viver. Eu quero te falar, quem fez o céu nos faz enxergar. E o que com olhos não se vê, mas com o coração se pode entender.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Tudo vai acabar bem ..




O mundo fica lento mas meu coração bate depressa nesse momento,
Sei que essa é a parte onde o fim começa.
É como se você fosse um balanço, e eu sou a criança que cai..


Congele-se esta noite e fique do meu lado mesmo que morra de frio, mesmo que isso não seja nem um terço dos sacrifícios da minha parte por você. Lembro-me de como o sangue corria em minhas veias e que hoje por elas apenas ele lentamente passa. Recordações de ponto de ebulição em minhas arterias, quando seus olhos abraçaram os meus há algum tempo atrás. Olhos que diferiram dos outros por invadir a imensidão da minha alma, enxergando o meu verdadeiro eu, ponto que jamais imaginei que alguém pudesse se encantar. O relógio girou diversas vezes e eu não pude ver, meus olhos se encontravam como no princípio, vazios. Uma paisagem limpa, sem nenhuma sombra diante daquele sol. Em minhas narinas uma suave essência desconhecida. Na imensidão do meu olhar, um grande buraco, aquele de sempre, mas que havia sido ocupado pelo brilho dos teus olhos de forma abundante, numa competição de luminosidade. Essa batalha ocular me deixou cega; cega a tudo, menos a você. Na minha imensidão perdida - que um dia foi resgatada por você -, estava lá, "eu" cada vez mais complexa, a cada dia diferente aos teus olhos por estar subitamente apaixonada. A minha complexidade havia se tornado em uma longa distância entre você e eu, que de tanto você correr no intuito de não me perder, só a fazia aumentar, a exigir, a cobrar pressa, a te cansar. Estou retratando minha cegueira nas linhas dessa carta. Cegueira que levou consigo meu sangue, esvaziou o meu intestino, me deixou aos ossos e destruiu todo aquele encanto que irradiavam teus olhos. Olhos que agora tentam me ver embaixo dessa mármore.

Adeus.

sábado, 26 de junho de 2010

até hoje ..


Como os animais ferozes por um certo lado, que invadem tua vida e destroem de alguma forma você. Esses animais são humanos e dessa espécie peguei um trauma. Então você apareceu. Eu me disfarcei como em todas as vezes faço, na intenção de transparecer que não era uma presa, até quando você fosse embora. Você permaneceu e me encarou, seus olhos não refletiam sede, raiva, aquele mal que o próprio animal tem e despercebe. Eu pensei: "uma armadilha?" Dei um passo atrás e perguntei como você havia chegado e parado ali. Tu disseste que aquele era seu mundo e que aquela pergunta era sua. Pensei sozinha: "meu disfarce é tão fajuto assim ao ponto de distinguir-me?" Eu disse que aquele era meu mundo também e que aquela pergunta era nossa. Lembrei dos teus olhos tempos depois com a cabeça baixa enquanto fazia perguntas das quais, as respostas jorravam pela boca sem nenhum disfarce. O tempo passou e vi que uma de suas 'garras' estava tentando segurar minha mão então eu a apertei de maneira leve, não me arranhavam e não havia peso algum, pelo contrário tocar em você me fazia leve. Permanecemos ali, enquanto o mundo havia parado, seu corpo refletia uma parte do meu que estava perdida num passado que já não mais conhecia, eu precisava ficar perto de você, só que me afastei e disse que precisava ficar sozinha. Você 'compreendeu' e me deixou só, mas disse que voltaria. Eu disse que quando voltaste que olhasse nos meus olhos. O disfarce impedia de sentir teu calor, só que era um frio quente quando você se aproximava. Você voltou e meu disfarce veio ao chão, visto por fora era uma atitude tão corajosa, mas diante dos meus olhos e dos teus era uma falha. Já não me importava a tua espécie e nem pra ti a minha. Me aproximei e suas garras ficaram presas no chão evitando descontar sua raiva naquele corpo, o meu. Uma dor enlaçou aquele coração que já não era mais coração, o que era mais provável aos outros animais que suas garras haviam meu peito dilacerado, mas não... era uma dor por ter te enganado e outra por ver você de costas ao ponto de ir embora. Quanto mais distante te avistava, maior era aquela dor, tão quantos gritos em meio do nada por estar morrendo. Então adormeci e quando acordei senti um peso leve em uma das mãos, não eram mais garras, eram suas mãos acompanhadas de uma voz que dizia que nunca me abandonaria e um olhar de preocupação. Em meu rosto um sorriso discreto veio a tona e você me abraçou. Aquele frio que sentia já não era mais frio enquanto você me abraçava, aquele pedaço meu perdido eu havia encontrado quando você me beijou. Você que morava nos meus sonhos e passou a viver na minha realidade. A partir daí então, o ponteiro do relógio passou a girar tão depressa, como um furação no meio de uma grande tempestade sem fim, que a cada despertar, eu via aquele mundo surreal se desmanchando. Mais uma vez eu despertei, meus braços se encontravam vazios, sua ausência ferindo meu peito e seu abandono transbordando um rio em meus olhos. Você se foi. Agora, estou a quebrar essas minhas asas, trocar esse traje branco pelo preto. A única luz no fim do túnel de alguém se apagou.

lembranças ..


Como todos os anos que se passam, deixam muitas lembranças. Momentos Alegres e Tristes, mais não importa com certeza momentos que servem para o aprendizado. Com os erros, você aprende. Você cresce, e vai amadurecendo. Conhece pessoas, que mesmo em pouco tempo, se tornam essenciais. E percebe que as coisas mais simples da vida são aquelas que fazem a diferença. Percebe que muitas vezes é preciso perder pra dar valor. Percebe que precisa ter responsabilidade. E se dedicar mais aos estudos para ser alguém na vida. Percebe que grandes amizades, não acaba com a distância. E que relacionamentos, precisa de confiança, amor, fidelidade, carinho, conversa, para ser duradouro e que mesmo com barreiras, você tem que lutar, para amanhã dizer: Eu Venci! Conhecem amigos virtuais que fazem a diferença, que se tornam especiais. E como diz a música, " é sempre amor, mesmo que mude’’. Percebe que mãe tem sempre razão, e só quer o seu bem. Percebe que aquela prima que você só brigava, é aquela que você pode contar sempre, e ela se torna sua melhor amiga. Percebe que seu verdadeiro pai é aquele que te cria, que te dá amor, e não aquele distante que nem liga para saber como você está. Percebe que o seu biológico, mesmo com tudo, nunca vai deixar de ser seu pai. Percebe que aquelas pessoas que tem muito, não são felizes, como as que têm tão pouco. Percebe que infelizmente há pessoas racistas, capaz de tentar destruir um amor tão bonito e intenso. E que infelizmente existem pessoas invejosas, capazes de tudo para destruir sua felicidade. E que aquelas que um dia você jurou que teria uma amizade pra sempre, não ta nem ai pra você, isso é o mais triste, porque você construiu uma historia com cada uma delas, mais que outra você pode ter certeza que existe uma amizade verdadeira e pra sempre. Percebe que é tão bom ouvir uma palavra de conforto e carinho de uma pessoa especial. Percebe que devem dar valor as pessoas e não para coisas materiais.
Percebe que não adianta a pessoa ser bonita por fora, ela precisa ser por dentro também. Percebe que às vezes nem tudo, pode dar certo, mais temos que lutar, pra olhar para trás e ver que aquele esforço valeu muita a pena. Percebe que chorar não é feio, às vezes é bom chorar e aliviar seu coração. Percebe que aquelas pessoas que são mais importantes pra você, estão ali pra te ajudar sempre que preciso. Um abraço, um carinho, um beijo, uma palavra, é sempre bom. E que mesmo que você esteja longe muitas pessoas lembram daqueles momentos que juntos passaram, e que para muitos, você faz a diferença, faz falta! Eu só tenho a agradecer por todas as pessoas que estão comigo nesse meu trajeto. E dizer que por cada pessoa, eu sinto um tipo de carinho. Outras que estão longe, mais que no coração estarão sempre por perto. Outras que são minhas estrelas, meus anjos, que sei que estão olhando por mim. Obrigado por tudo * .

sexta-feira, 25 de junho de 2010


Há noites em que adormeço com as lágrimas nos olhos, a pedir por momentos melhores, noites em que não me apetece escrever, não me apetece dormir, não me apetece respirar. Noites em que preciso somente que me dês a mão para que o resto do Mundo não me abale...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

eu queria ..

Eu queria ir além do sol, atravessar o azul do céu, mergulhar nas nuvens. Bater a cabeça em algum meteoro limpar meus comandos, limpar minha mente, zerar-me totalmente. Aterrissar em algum ponto, onde toque aquela música, fazendo todas as folhas das arvores, aquele vento que delineia seu corpo, dançarem na forma mais suave, na forma mais perfeita. Queria ser um papel em branco na mão de uma criança, pra ela desenhar e pintar, e dentro desse mundo viver.

se torna irracional agora

Umas melodias penetrando minha alma, gotas de chuva estão a cair no chão, pernas impacientes. Não sei se isso é vazio, acredito que cheguei a um ponto de não saber mais descrever as coisas, diferenciar cores, esquecer que estrelas no céu existem. Milhões de pessoas a dançar é como se formassem paredes obscuras,e eu não sei o caminho pra sair disso tudo, parece que realmente eu me perdi, onde dizem que aqui é onde me encontro. Esqueci de pedir socorro, só lembro que cheguei a um ponto de não saber mais descrever ou realizar ações. Um céu quebrado, coração no necrotério pedindo socorro no mais doce silêncio de formigas. Olhos abertos, procurando a saída desse sonho ou pesadelo, abrir ou fechar os olhos, se torna irracional agora, pernas imóveis, gotas a cair no chão com mais intesidade, melodia soando cada vem mais bem longe, olhos estão a adormecer.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Silêncio


prefira respostas ao invés de obviedades, o amor ao orgulho, a consciência ao preconceito ... prefira o real ao invés do perfeito, o silêncio ao desrespeito, o meio ao extremo.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Tudo na vida passa ..

tem dias que vamos dormi, com um aperto no coração, por ter deixado de fazer, falar, desejar, algo,e dias que dormirmos, tranqüilo, em paz, e com uma vontade imensa de deitar a cabeça e sonhar.Não podemos deixar que nossos sonhos sejam desejados, apenas enquanto dormirmos devemos ser movidos por ele, e não deixar que ele acabe, quando acordamos, levantamos da cama, e vamos para a nossa rotina.Não podemos nos limitar, devemos meter o "pé na jaca" sim, levantar de um tombo e tirar apenas as coisas boas, acredito que tudo na vida, vem de experiências, e que cada pessoa tem um pouco para nos ensinar, aprendi com uma em especial, abri meus olhos, aprendi a dar valor nas coisas mais simples, em um dia de sol, em uma lua, em uma tempestade, ou até mesmo nos meus avós, e o principal, nada é por acaso, ninguém entra em nossas vidas, por uma simples curiosidade, sempre nos deixam algo, levam algo, e acredito que essa é a razão da vida. Eu não acredito em inferno, nem em céu, e sim que onde estamos hoje, são caminhos onde nossos destinos nos traçam, para nos mostrar os dois lados das coisas.Por isso, faça de cada momento, único, cante, beba, ria, sorria, dance, se apaixone se decepcione, e APRENDA, por que acima de tudo, cada um tem uma missão, e precisamos fazer dela, a melhor possível!Não nos deixe que nos falem o que é certo, ou errado, cada uma tem uma versão da vida, e sabe o que nos faz feliz.Desejo errar muito ainda, e estar certa, mil vezes mais, desejo dar lições, receber e tirar minhas próprias conclusões.Para conquistar o que é verdadeiro, não precisamos cativar a todos, nem passar por cima de ninguém, acredito que as pessoas são mais que um "rostinho bonitinho" e que não precisam mostrar a bunda para conquistar o que querem!
tudo depende dos sonhos, por isso não se limite, não crie barreiras, e não abaixe a cabeça, ainda temos muito mais a viver, e muitas pessoas ainda vão entrar, sair, ou ficar para sempre, tudo na vida é apenas uma faze.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

difícil é definir amigo


'Amigo é quem te dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que você precisa, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que te faz falta. Amigo é mais que ombro amigo é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas. É quem tentou e fez, e não tem o egoísmo de não querer compartilhar o que aprendeu. É aquele que cede e não espera retorno, porque sabe que o ato de compartilhar um instante qualquer contigo já o alimenta, satisfaz. É quem já sentiu ou um dia vai sentir o mesmo que você. É ao mesmo tempo espelho que te reflete, e óleo derramado sobre suas águas agitadas. É quem fica enfurecido por enxergar seu erro, querer tanto o seu bem e saber que a perfeição é utopia. É o sol que seca suas lágrimas, é a polpa que adocica ainda mais seu sorriso. Amigo é aquele que toca na sua ferida numa mesa de chopp, acompanha suas vitórias, faz piada amenizando problemas. É quem tem medo, dor, náusea, cólica gozo, igualzinho a você. É quem sabe que viver é ter história pra contar. É quem sorri pra você sem motivo aparente, é quem sofre com seu sofrimento, é o padrinho filosófico dos seus filhos. É o achar daquilo que você nem sabia que buscava. Amigo é aquele que te lê em cartas esperados ou não, pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas. É aquele que te ouve ao telefone mesmo quando a ligação é caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se tivesse olhando em seus olhos. Amigo é quem fala e ouve com o olhar, o seu e o dele em sintonia telepática. É aquele que percebe em seus olhos seus desejos, seus disfarces, alegria, medo. É aquele que aguarda pacientemente e se entusiasma quando vê surgir aquele tão esperado brilho no seu olhar, e é quem tem uma palavra sob medida quando estes mesmos olhos estão amplificando tristeza interior. É lua nova, é a estrela mais brilhante, é luz que se renova a cada instante com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na sua íris. Amigo é aquele que te diz "eu te amo" sem qualquer medo de má interpretação: amigo é quem te ama "e ponto". É verdade e razão, sonho e sentimento.'

amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista.

de dentro para fora ..


eu sou o disco que vc não quer mais ouvir.
Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.

Clarice Lispector

domingo, 20 de junho de 2010

''Ainda é cedo amor,mal começaste a conhecer a vida,já anuncias a hora da partida,sem saber mesmo o rumo que irás tomar...
Ouça me bem amor,presta atenção,o mundo é um moinho vai triturar teus sonhos tão mesquinhos.Vai reduzir as ilusões a pó...
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés" [...]

Cartola .

sexta-feira, 18 de junho de 2010

ganhar, perder , faz parte da vida

Hoje me deu vontade de escrever tudo o que eu andei sentindo nos últimos tempos. Cheguei a perder, ganhar, errar...Mais nunca desisti dos meus sonhos, das minhas vontades, do que eu sempre quis. Nas horas em que eu errei ou perdi eu com certeza aprendi coisas que eu jamais teria aprendido se não tivesse errado. Nas horas em que perdi, eu vi que o que se perdeu é porque não era pra ser meu, ou minha (caso de amizade). Nas horas em que ganhei, foram os momentos em que eu pensei "se eu ganhei, se eu tenho, é porque eu fiz por merecer”. E com tudo isso e com o tempo que se passou de várias coisas que aconteceu, aprendi o valor de uma amizade, ou até mesmo o valor de um amor.As amizades que eu perdi, hoje eu sei o porquê, não eram pra ser minhas, até mesmo porque hoje em dia as pessoas adoram dizer que são amigas pra conseguirem o que querem e depois simplesmente te deixar, até mesmo rir da sua cara, mais como dizem "deixa que a vida se encarregue de tudo", se elas voltarem é sinal de que eu às conquistei. Quanto aos "amores", hoje sim, eu sei o valor de um, a dor de não ter ou até mesmo o sofrimento de perder. Não sei quantas pessoas magoei, por não saber classificar o verdadeiro sentimento, depois de tanto errar, hoje eu sei a diferença entre amar, gostar, apaixonar, atração e seus derivados. Quantas vezes sem querer, amores passados vieram ao presente e eu pensando que poderia ser meu futuro, agora eu sei que não, que não eram pra ser, mais de dois que se tornaram presentes, um deles é o que mais mexe comigo, é o que julgo ser aquele único amor que temos em nossas vidas, e que eu não quero desistir, porque o eu sinto lá dentro é algo que nem em palavras eu conseguiria expressar, as vezes acho que é muito, muito amor, para alguém que não sente o mesmo, mais quem disse que tudo seria fácil?Se eu soubesse disso tudo antes, talvez tudo estaria bem melhor agora, mais eu acredito que o destino fez isso porque era assim que tinha que ser, eu digo, que aprendi de uma maneira não muito agradável tudo isso, mais não sei explicar o quanto é bom saber disso agora, e não depois. As vezes eu me arrependo de coisas que eu fiz, ou deixei de fazer, do que eu disse ou deixei de dizer por medo de não ser o certo, mais hoje eu me sinto capaz de falar sem medo de errar ou ouvir o que não quero, pois não quero ter a sensação de que algo foi em vão por palavras que nunca foram ditas ou algo que não foi feito.Eu sei que, tudo o que eu tenho tudo o que eu preciso minhas amizades hoje, eu posso dizer, são as mais sinceras que alguém poderia ter, mesmo com seus altos e baixos, mas o amor, que eu tenho hoje é a base de tudo o que eu sinto, e eu sei que com ele eu posso contar, me sinto viva e completa só de saber que eu tenho esse amor dentro de mim. Sem isso tudo eu não sei...Eu não sei se valeria à pena acordar, independente de tudo, tenho histórias construídas pedaço a pedaço, um muro...Um muro não, uma muralha que nada vai demolir acho que tudo o que eu vivi vai passar em minha mente como um trailer.

eu preciso dizer que ..

nem todas as palavras,musicas, poesias, historias, lendas, melodias, sinfonias; nem todos os livros, filmes, verbos; nem os mais altos montes e os maiores castelos; os planetas mais distantes e os corpos mais belos; nem os mais profundos mares, golfos, penínsulas e oceanos; nem qualquer amor que se construa em minutos, horas, semanas, meses e anos; nada, nunca podera explicar a grandeza da importancia que voce tem para mim. impossivel, inconfundivel, irremediavel, indiscreto, indireto, intimo, indagavel, intenso, inesquecivel amor, nada explica o que você se tornou pra mim. hoje, depois de tudo eu posso quero te dizer dizer que te amo e obrigada por tudo!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Será mesm que vale a pena?

Será mesmo que vale a pena?
Nunca saberemos a questão de 'valer a pena',
nunca teremos noção do quanto seria diferente, se não tivesse feito aquilo, dito aquilo, mostrado aquilo...
NUNCA saberemos se realmente estamos fazendo a coisa certa, afinal nem nós mesmo sabemos a verdade.
Criamos uma série de eventos em nossas mentes, no intuito de causar o melhoramento das nossas próprias vidas. Se isso é ruim ou bom pra mim, eu não sei; mas podemos nos ver com o cuidado para não nos prejudicar. E isso só prevalece para nós mesmos?
Vivendo num mundo onde você gira em torno de outras pessoas, estamos pensando sempre no melhor para as NOSSAS vidas, e é claro que eu não tiro razão alguma disso, mas pensando em conjunto, você tem colaborado com outras pessoas? Tem ajudado a quem precisa? Tem aceito todos os pontos de vista?
Nesse mundo de 'ninguém é de ninguém' vivemos em sociedade, não se esqueça que TUDO pode acontecer, nem você e nem eu sabemos o que vai acontecer amanhã, até mesmo daqui a 1 minuto.
Existem suas verdades e suas mentiras, mas amplie sua mente, ouça, e compreenda o que se passa no SEU mundo, tome conhecimento do que se passa na SUA familia, mostre o que realmente importa ao seus melhores amigos; porque sem isso, não existe o mundo, e nesse mundo de conflitos nós temos o poder de mover e muda-lo, todos querem vê-lo de forma diferente, mas não faz nada para que aconteça o que você mesmo quer.
Na minha concepção, acho que podemos ser solidários e ajudar uns aos outros, e nesse relógio inverso, o tempo esta passando e temos que lutar para isso; mas e você hoje, o que fez para mudar o mundo?

Talvez o medo seja parte da atração.


Algumas pessoas assistem filmes de terror. Mergulhamos em águas escuras. E no final do dia não é o que você prefere ouvir? Se você tem uma bebida, um amigo e 45 minutos, viagens calmas dão histórias chatas. Um pouco de calamidade, disso vale a pena falar.
O único lado bom da queda livre é dar, a quem nos ama, a chance de nos pegar no colo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Eu nunca tive preferência...


De saber como ou quando as coisas acontecem. Isso já faz parte de mim de alguma maneira, procurar e saber. Claro que perdi muito tempo com certas coisas e doei pouco tempo para outras. Quando eu venho aqui, me sento na frente do computador e escrevo sobre mim, me sinto leve, porque tem horas que eu sinto que ninguém consegue me entender e isso eu ainda não sei se é bom ou ruim. As coisas andam bem ultimamente, claro que, não completas. Hoje em dia acredito em um bem maior dentro de todos nós, que esse bem maior é muito grande. Tão grande que domina. Não domina pelo simples fato de ser bem e sim de poder tornar todos nós em pessoas melhores.
Hoje, como todos os dias, me sentei ao lado de minha mãe e de meu pai, como de costume, na ponta da cama deles enquanto eles ficam deitados me observando falar. Hoje falei sobre coisas, que acho que meus pais jamais pensaram em escutar de mim hoje. Perguntei-lhes sobre a vida, sobre o coração, sobre a alma, sobre tudo relacionado a pessoas que temos ou não em nossas vidas. Meu pai, sempre muito inteligente e delicado, enrugou a face, como sempre faz e logo, senti a música tocar dentro de mim. Ele me disse que a única coisa em que acredita, é que todos nos somos iguais, caímos e levantamos e mesmo assim, vivemos. Já minha mãe, mulher maravilhosa e completamente centrada, acha que viver é apenas relativo, que todos nos somos mais do que representamos o que somos é uma fantasia de vidas passadas. Logo, me emocionei com as respostas dadas por eles e em seguida, me perguntaram o que eu acho do viver em si. Não demorei, logo disse ‘viver? Ultrapassa qualquer barreira do ser humano. Vivemos para completar algo na terra, algo que outros deixaram de fazer ou não fizeram direito e além de completar, deixar marcado o tamanho de nossa alma. ’ Meus pais choraram. Por um momento, achei que eles tinham se decepcionado, mas não, logo se levantaram e disseram ‘filha, é você que veio para nos completar. A sua missão você já fez você vive para apenas aprender agora. ‘ Nunca me senti tão grande, lembro-me bem, como se tivesse acontecido agora, a maneira em que meu corpo se arrepiou e gritou de felicidade. Então eu pensei: nós, seres humanos fazemos de tudo pra ter o que queremos, mas quase nunca nos damos conta que o tudo que fazemos, representa um nada. Provavelmente, se alguém estiver lendo isso aqui, não vai entender, mas se pararmos pra pensar no real e no verdadeiro, tudo gira apenas em torno de uma coisa: conquista. Todos nos queremos conquistar algo, seja um sonho ou um grande amor. Hoje mesmo, vendo os meus pais, eu me senti uma pessoa rica, pois tenho os pais mais valiosos do mundo (claro que todos nos temos os pais mais valiosos do mundo.), mas viver, viver para as pessoas que a gente ama isso sim é VIVER. E eu posso afirmar que eu VIVO e amo o modo que faço isso. AMO meus pais por eles simplesmente me amarem muito mais do que o normal, por acreditarem em mim e sempre sorrirem pra mim e me fazerem ganhar o MUNDO. Então VIVAM porque depois pode ser tarde...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Eu tenho muitas coisas pra dizer e não tenho nada para falar.

Eu tenho muitas coisas pra dizer e não tenho nada para falar.
Pode-se parecer bem fácil, mas, com certeza, é um trabalho muito árduo.
Eu devo te pedir desculpas por não ser tão forte quanto a tua pessoa?
Eu pareço ser tão corajosa, tão ousada, tão forte, mas no fundo tu sabes que eu não passo de uma garota, um tanto quanto, infantil.
Infantilidade essa que se funde com a insegurança de te perder de vez. Eu não agüentaria, eu não suportaria.
Não tenho as manhas de distinguir tal sentimento. Mas pra quê distingui-lo? Eu sempre achei as coisas abstratas bem mais interessantes que as realistas, de real já basta o mundo.
Tentarei descrevê-lo somente, mas lembro que não faço questão de ser entendida, compreendida...talvez. É algo como duas xícaras culpa, 1 tonelada de dor e 300 kg(com 'k' minúsculo) de amor. Misture tudo e dê um nome para esse sentimento. Rendimento da receita: +/- 2 corações.
Eu tenho tanto a dizer e, realmente, não sei o que falar.[2]
Posso te afirmar certeiramente que está doendo mais em mim do que em ti. Minhas tardes parecem não ter mais fim, minha vida parece nem graça ter. Eu sabia que tu eras muito importante pra mim, mas não achava que fosse tanto a ponto de me deixar insone.
Meus dedos parecem criar vida própria em meio a este teclado a fome de letras é tanta que me faz esquecer da sede, da boca seca, da solidão no meio da multidão de sentimentos. Eles parecem um tradutor de pensamentos plagiados, de cicatrizeis feridas abertas provocadas por mim mesma.
Eu não sabia que eu também era tão importante pra ti, ou sabia mas não acreditava.
O computador suga minha convicção até a última gota, intensamente. Sei que isso não te fará regressar novamente, sei que nem lerás isso, também.
Agora, mais do que nunca eu sinto uma necessidade incontrolável de explodir...
Explodi. De repente, minha alma, em mil pedaços, é nuvem, quase-não-física, de tão pequenos que são (os pedaços). No entanto, encontro em meus bolsos pequenos pedaços de tecidos de tons acinzentados. Pequenos pedaços de minha alma reaparecem nos mais inusitados lugares. Passaram-se algumas horas e, de repente, vi-me guardando em um pote de cerâmica o último pedaço da minha alma que me faltava. Não há como saber se todos esses pedaços a mim pertenciam antes de explodir, mas o eles servem, encaixam-se uns nos outros. Podem ser seus, ou de qualquer outra pessoa. Mas me servem.
Como esporos de flores, pedaços de minha alma hoje ocupam os mais diversos lugares e faz-me sorrir saber que esses pedaços servem em alguém. Alguém que, como eu, também explodiu.
A nossa explosão poderia ter se causado por outro motivo, mas tu sabes que tu quiseste assim... Tu quem escolheu os nossos figurantes. Sim, eles são apenas figurantes. E tu bem sabes isso.
Chega de besteiras... Sei que os textos gigantes não te atraem, a não ser quando eu os leio.
Mas estamos distantes o suficiente, no momento, para tu poder me ouvir. Mas eu consigo sentir que tu ouve a minha voz gritar teu nome. Talvez não com o teu ouvido, mas com o teu coração.
Nós estamos partindo, por favor empeça.
Quando, com um passo, tu ficas dois passos mais distante, é porque ele também está indo embora.
É aí que tu começas a pensar nesses laços invisíveis que nos amarram uns aos outros. Que tamanho eles podem ter? Podem continuar apertados mesmo quando suas pontas já não mais ocupam o mesmo lugar? Sentes um fisgado nos pulsos quando abraças outro alguém?
Livra-te dos laços. Não falo de cortar. Podes desamarrá-los com o mesmo carinho que tiveste quando os tornaste apertados como braçadeiras. Lembra-te de que laços não são algemas.
Agora divide essa corda e presenteia quem tu quiseres com esses pedaços. Eles são pequenos o suficiente para não virarem nós? Perfeito.Não sei se esse texto te fará entende tudo o que eu esperava te dizer pessoalmente, todo aquele caminho que a gente sonha em traçar juntos cadê? Será que tudo aquilo que a gente planejava do nada ta indo embora ? só te peço uma coisa, se for isso mesmo que você deseja, se for ao meu lado viver, se for isso, por favor .. não deixe isso acaba, não falo só por mim e sim por você também, sabemos nós que o que eu mais quero é viver bem com você, é com você construir e realizar todos aqueles sonhos que juntos planejamos .. saiba que mais que tudo hoje eu posso te dizer, eu te amo com toda a certeza !

Chá de Cultura