quinta-feira, 22 de julho de 2010

Não há nada de novo..


Algumas gramas de chocolate acompanhadas de um copo d'água e uma cabeça que amanheceu vazia. Numa ingestão de goles, diversas balas. Mantenho-me calada, caminhando. Meus sapatos se desgastaram ao longo dessa jornada, sinto a terra úmida com os pés desprotegidos, mas não paro. Não há nada de novo, o caminho é o mesmo. Prefiro a realidade amarga todos os dias do que as fantasias, ilusões que te elevam ao infinito limitado, logo após te derrubam e quando você cai, se torna tão difícil levantar. Já não há mais sorrisos e nem tristezas, apenas uma sensação boa ao ingerir esses bombons. Dois pés úmidos nessa trilha a caminhar, eu me duplico, me triplico para fazer-me companhia. Duvide, me assombre. A força anda de mãos dadas comigo. Não há caminho novo quando você para, não são dois passos a frente que irão acabar com a fome, não são dois passos a frente que você irá ver o mundo sem guerra, não são apenas dois passos que vão te levar a um mundo de paz, a encontrar todas essas almas que vagam dentro desses corpos. O quão alto tu chegas num dia só, tão grande é a queda no despertar de amanhã. Minha voz se cala depois de tantos passos à frente, você me perdeu de vista. Levante.

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