terça-feira, 24 de agosto de 2010

é então, a pura verdade!


Eu sempre estive aqui, no mesmo lugar, em busca do teu calor. Sem tanta magia, sem obstáculos. O que um dia era o contrário, hoje chega ser tão fácil. Quando quero, tão levemente minha alma pode bronzear-se, o meu desejo dilatar e todo esse seu prazer devorar-me. Embora, tão quente, queimando-me por dentro, meu coração permanece como em todas as vezes, tão gelado, se solidificando a cada dia que passa. És mesmo tu? Não sinto mais aquele frio na espinha quando profiro aquelas duas palavras em teu ouvido em noites como essa que o sol levou. Talvez eu tenha me tornado uma hipócrita nos últimos tempos, em busca da realidade, em busca dos seus pretéritos perfeitos. Não há mais satisfação, nem batimentos cardíacos. Então, desistir? Não. Mas até as circunstâncias desistem de mim. Tudo desiste. Menos eu. Tentar? Eu tento, e como tento. Eu tento descongelar esse meu coração para que assim eu possa encher-te de palavras verdadeiras, enlaçar uma sincronia junto ao seu que pulsa sem parar quando se aproxima do meu peito. Sinto-me em desvantagem por não saber qual a verdade. Então, eu paro de jogar os dados e vejo que a questão é apenas essa: Não há mais nenhuma verdade em você. E por alguns minutos vejo que tentei desmentir isso.

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