quarta-feira, 7 de julho de 2010

as vezes ...


Lágrimas afiam-se dilacerando minha alma. Feridas em cicatrizes são tudo que eu tenho neste momento, tudo aquilo que deixastes em mim desde sua partida. Eu sempre fui doente, sabia? Eu penso que tornei-me indolor agora, pelo excesso de tanta dor que venho sentindo. Às vezes, eu sinto que o excesso desse desconforto gera-me uma anestesia de curto prazo, na qual me agarro quando penso que não vou agüentar mais tamanha condolência. Funciona! Mas, eu sinto falta do meu analgésico. Eu sinto a sua falta. Creio que devo estar em reabilitação agora depois de uma overdose, depois da loucura por aliviar a dor dessa minha vida sem graça, dobrando a dosagem do meu remédio. O excesso desse analgésico age ao contrário de sua dosagem certa. Uma droga que vicia e que sempre cobrava as melhores sensações por usá-la. Uma droga que é viva, que se chama amor. Uma droga que pra mim é tão difícil viver sem ela. Salva-me de mim mesma, mesmo que não aja uma salvação para essa minha doença. O impossível me dá a mão, talvez seja uma alucinação, mas no ápice do sentir, eu te vejo. Salva-me desses delírios sem lógica. Eu digo que me encontrei e que te espero. Porque tem gente que vai e volta, mas talvez isso seja apenas um delírio de alguém que esteja perdida.

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É antigo, apenas o reescrevi.

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